ao sem-fim aquém de mim¹ (informação)
- lufelopes
- 1 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de nov. de 2021
Qual será o melhor lugar para aceder a territórios do não-configurado somente na razão, mas em constante diálogo entre sentir e realidade concreta ? Está no brincar, no que nos auxilia no mergulho mais profundo de nosso inconsciente. Nas diferenças entre claro/escuro, parado/em movimento, real/imaginário, em direção a tantos outros como um próximo lugar.
Trago aqui, para este lugar, trabalhos como os toy art, como objetos com profundo mergulho em minhas memórias. Estas reavivaram como experiência, após uma vivência na ilha de Menorca, Espanha, 2001. Fui selecionado em proposta para uma performance trajando um personagem, como um gênio criador com o lixo. A prefeitura local nos dava uma carteirinha, garantindo segurança e a possibilidade de negociar com nossa produção de objetos. Ali fui e me situava no centro da vila de Ciudadela de Menorca, defronte a uma loja de roupas para crianças. Como era verão e a ilha, lota de turistas europeus, nos garantia um publico interessante e os resultados foram surpreendentes como apresento nas fotos abaixo:





Em Menorca nasceram algumas peças desta exposição, como as pequenas esculturas feitas com raízes e materiais colhidos nas praias da ilha; por essa produção, fui convidado a participar em uma exposição sobre toy art no SESC Ribeirão Preto, 2009:









Nesta sala também se faz presente as últimas produções como a Sereiara (2017), um toy art criado para a disciplina do Prof. Dr. Hugo Fortes. Uma sereia, um ser fantástico, filha do cruzamento com o Ipú-piara nome dado a um ser meio homem meio peixe, monstro com cauda de peixe, denominado por nossos indígenas, que aparecem em relatos do padre José de Anchieta, em 1560. Imagino uma ficção em que o tal homem marinho se une a uma sereia europeia e nasce a Sereiara. Seres fantásticos que sempre aparecem em meu imaginário e realizo nesta exposição. Também trago os seres que criei para os signos do zodíaco em desenhos feito em 1992. Aqui (re)desenhados aparecem para esta exposição em formato digital com nova roupagem.















Na sequência os objeto-luz:



Acrescento também alguns detalhes dos desfiles apresentados no site no lugar informação:






E finalizo com deixando o registro videográfico de uma aula na qual abordo referências do ato da performance ou (per)formar, dialogar com essa possibilidade de expressão em arte e meu trabalho. Foram duas aulas para turmas distintas: uma para a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo a ECA-USP, onde estou cursando meu doutorado, a convite de minha orientadora, a Profa. Dra. Maria Christina de Souza Lima Rizzi, em sua disciplina CAP308, no dia 13 de novembro de 2020, para o curso de Artes Visuais e recentemente, para a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE-PE), a convite do Prof. Dr. Radamés Alves Rocha da Silva, em sua disciplina de performance, no dia 10 de março de 2021.
¹verso da letra de Carlos Rennó, com música de Gilberto Gil, Átimo de Pó (1995).
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